São Lázaro em marfinite com base em madeira.
Oração a São Lázaro
Deus, nosso Pai, Jesus é a ressurreição e a vida.
Para os que têm fé, a morte é apenas uma despedida,
uma preparação para um novo encontro,
para a vida em plenitude.
Quando todas as esperanças se achavam perdidas,
Jesus devolveu a Lázaro, seu amigo, a vida,
libertando-o de todas as amarras da morte.
Senhor, fazei-nos compreender o grande mistério da vossa paixão,
morte e ressurreição.
Em vós, temos a certeza da ressurreição.
Por isso libertai-nos de todo o medo e dos temores vãos,
que diminuem a nossa vida e não nos deixam viver em plenitude...
Que hoje possamos ouvir, no nosso íntimo,
as palavras de ordem de vosso Filho Jesus:
Lázaro, levanta-te e caminha!
O manto de São Lázaro é representado nas cores castanho ou roxo. O castanho significa a humildade e a pobreza. O roxo é a cor do sofrimento e da penitência. As duas cores se encaixam bem na história de São Lázaro. O castanho nos lembra da sua pobreza. Ele vivia mendigando, enquanto o rico fazia banquetes e desprezava Lázaro. Lázaro desejava comer pelo menos as sobras e as migalhas do rico, mas nem isso lhe deixavam fazer. Por isso, Lázaro era constantemente humilhado. O roxo nos fala do sofrimento de São Lázaro, privado de sua dignidade e saúde e vítima do descaso dos poderosos.
As muletas de São Lázaro representam sua fraqueza física por não ter o que comer e por causa das doenças que advém da miséria e das privações.
As feridas de São Lázaro simbolizam suas dores e seus sofrimentos. Simbolizam também o sofrimento dos pobres e miseráveis. Simbolizam as feridas de Cristo, que afirmou: 'Tudo o que fizerdes ao menor dos pequeninos, é a mim que o fazeis.' As feridas de São Lázaro são um grito de socorro que deveria chegar aos nossos ouvidos. Elas representam o grito dos pobres e miseráveis, que não tem a quem recorrer e precisam de nós.
Os cães em volta de São Lázaro simbolizam a providência divina, que não o abandonava. Na parábola de Jesus, logo após a morte Lázaro vai para a glória eterna. Isto significa que ele era um homem bom, que fez o bem, praticou o amor. Por isso mereceu o céu. E, a todos os que fazem o bem e procuram amar, Deus não abandona. Se Lázaro não tinha pessoas para defende-lo, tinha, pelo menos, os cães, fiéis companheiros e defensores enviados por Deus.